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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Uma visita ao Museu Municipal Leonel Trindade - 6

No dia 18 de maio visitámos a exposição “Oito séculos de História/ o convento da Graça e a ordem dos Eremitas de Santo Agostinhos”, guiados pelo S.r Carlos Anunciação. Descobrimos os vários espaços do convento, as atividades quês os monges aí desenvolviam, a sua importância na Idade Média e nos séculos seguintes, e vimos alguns documentos que pertenceram ao Museu. Aprendemos ainda outras coisas sobre as quais refletiremos nas aulas.
A visita começou dentro do Museu:
    
            
         

















Depois, foi tempo de descobrir os claustros e os azulejos de PMP que contam a vida de Frei Aleixo de Meneses, que foi prior deste convento:

 
Enquanto um grupo ficou no claustro a dar conta das suas aprendizagens, outro grupo continuou com o Sr Carlos, na descoberta dos pisos superiores do convento.

 







Para além do conhecimento, ganhámos este puzzle que o Museu nos ofereceu, e com o qual nos vamos entreter muito:


domingo, 20 de maio de 2012

Ateliê de Expressão e Comunicação – 9

Desafio: De entre um conjunto de palavras, cada aluno escolheu seis, sendo obrigatório incluir a palavra raiz (em resultado de reflexão sobre as nossas raízes, culturais, familiares, históricas…). De seguida, escreveram pequenas histórias e fizeram ilustrações, de que se apresentam aqui alguns exemplos.

Amar o mar
Este sonho que vou contar, tem o poder de tranquilizar!
Sonho com o mar que temos, e de que é nosso dever cuidar,
lembrando-nos de que nesse cuidar é o planeta que estamos a preservar!
As raízes do mar nunca ninguém as conseguiu olhar,
Nem a ele alguém conseguiu parar,
Pois se ele parasse, não passaríamos nós de passageiros num barco à deriva no mar!
Por isso, quando durmo, sonho em amar o mar!
Emanuel

Um comboio de sonho
Fui dormir! Na minha cama me deitei,
e, de manhã, acordei
feliz, ao ver o meu pai trazer
um presente! Será um brinquedo? Eu não sei!
Mas não parei de correr
para o meu presente receber,
e logo o abri e feliz me senti,
ao ver o meu comboio de sonho.
Eu, todo risonho,
fui brincar e amar o meu presente,
e de tanto o meu comboio cuidar
ainda hoje com ele posso brincar
e, nele, as minhas raízes de criança vou buscar.
Bernardo

Brinquedo de criança
Esta criança era uma flor de pessoa! Um dia… encontrou uma moeda e quis comprar uma coisa que tinha estado a sonhar. Era um brinquedo de corda, igual ao de muitas outras crianças do sítio onde morava, e com os quais não a deixavam brincar. Agora tinha uma moeda, e olhava a montra… e ficou largos minutos a amar aquele brinquedo. Mas, pensou que gostaria de fazer uma viagem, e ter uma casa… e tanta coisa! Talvez o dinheiro não chegasse. Mas podia sonhar! E viu uma árvore, e imaginou a sua casa na árvore, e pôs-se a brincar nas suas grossas raízes! E isso não custou dinheiro! Que bom! Decidiu então comprar algum pão com qualquer coisa e foi para casa cuidar do irmãozito mais novo, e comer, com ele, este alimento inesperado. Escolheu sonhar, e juntos brincaram na árvore com raízes e criaram raízes, juntos!
Beatriz

Um arco-íris de raízes
Era uma vez… uma criança como as outras, que passava os dias a brincar com os amigos. Ora, nos jogos que faziam, esta criança ganhava sempre. Isso não a satisfazia! O que realmente amava, era desenhar, e quando estava sem inspiração, o que lhe acontecia muitas vezes, ia ver o mar. Olhar o mar trazia-lhe ideias de liberdade, pois o mar não recebe ordens nem instruções, nem é fechado em jogos que acabam… ele é infinito, ele faz o que quer.
Esta criança sonhava muito! Sonhava com um mundo todo às flores, em que só existia alegria! No quintal desta criança havia uma árvore muito grande, onde ela adorava passar os dias… encostava-se às suas raízes, que formavam um arco-íris… e era feliz!
Ana Rita

O amor é
O amor é … amar
alguma coisa ou alguém!
É acarinhar o outro,
trocar gestos de ternura,
dar e receber bons sentimentos.

O amor é … ter raízes,
bem fundo, num vaso,
onde o amor
faz nascer uma flor!

O amor é … uma viagem sem fim,
que se faz dentro de um sonho.
Porque sonhar é também amar.
Sonhar é, como o amor, viver!

O amor é … um cometa
que viaja por um coração
e, quando embate noutro,
fica aí… algum tempo… ou Sempre!
Bárbara

O amor dói
Amar é deixar partir!
Mas se acontece… sobra um frio sem fim!
Meu amor… és uma flor!
Criaste raízes em mim,
Eu confiei sempre em ti,
Mas, de repente, partiste,
E deixaste de cuidar de mim.
Eu queria que isto fosse um sonho.
Mas eu não estava a dormir,
Eras tu mesma, a partir.
Chorei sozinho, na minha cama,
Como a criança que me senti.
Alexandru









Uma história
Uma revolução o rei começou
E Mestre da guerra se tornou.
Agarrou as raízes do poder,
Coisa horrível de ver,
E partiu para dominar
O reino do luar.
Os homens, confiança nele não tiveram,
E gritaram quanto puderam.
Imitaram um mágico
E criaram moedas,
E as crianças, que assistiam,
Saltavam e de contentes sorriam.
Bebiana
A vida é assim
Às vezes podemos dar
muita confiança à nossa vida!
Agarramos nas raízes da nossa família,
e pintamos um sonho, da cor que mais nos agrade.
Gozamos uma viagem como se fosse o fim do mundo.
E, chegados ao fim, pomo-la num desenho.
É difícil dominar os nossos sonhos. E também os nossos problemas.
Melhor é deixá-los voar!
Neles podemos partir… e nunca mais voltar.
E no caminho … podemos amar! Mesmo se nem sempre é fácil.
Às vezes é como um jogo, que não sabemos como jogar.
A nossa vida é assim!
Diogo



Sonhador
Era uma vez…
Um menino sonhador, que sonhava que um dia poderia cuidar de todos aqueles que precisassem dele. Sonhava que podia amar todos, sonhava que era muito especial, sonhava que a sua confiança nunca poderia acabar. Sonhava que um dia o papel poderia falar, e que um desenho poderia tornar-se real. Na verdade… o menino sonhava e sonhava, e tudo nele eram sonhos! Ele amava sonhar! O sonho era a raiz da sua vida.
Carlos Eduardo
Um sonho absurdo
Numa noite muito fria, e com denso nevoeiro, cruzei-me com um camionista que fazia entregas na minha rua. Este camionista tinha também carta de avião e ali mesmo decidiu entrar no pequeno avião de papel que transportava no reboque e partiu, dali para fora. A meio do caminho, ouviu uma buzina, olhou para o manómetro do combustível e viu que estava na reserva. Olhou para a frente, e com receio de cair, decidiu aterrar num barco que estava a estacionar na praia. Com o peso, foram ambos contra uma árvore que tinha umas grandes raízes onde estava escondido um fotógrafo. Com o disparo do flash, acordei na minha cama, pensei que fora tudo um sonho e continuei a dormir.
Bruno





terça-feira, 1 de maio de 2012

Formação Cívica - 7


Palavras
Com palavras sei dizer
 o que nem palavras tem
com palavras digo Lua
digo leite e digo mãe.

Com palavras digo mais
muito mais alto melhor
digo adeus a quem se vai
digo amor ao meu amor.

Com palavras ponho um nome
neste estranho gosto a mar
que já trago há tanto tempo
no meu peito a transbordar.

Com palavras sussurradas
ou pintadas num papel
faço  festas acarinho
quem não tem nem pão nem mel.

Com palavras a galope
no rodar de uma canção
de repente sou cavalo
flor vermelha rio vulcão.

Com palavras tenho asas
que me levam a voar
com palavras vou tão longe
quanto o sonho me levar.
                                         José Fanha


Depois de lermos este poema de José Fanha, e conversarmos sobre as palavras e a importância delas, e inspirados num livro de Oscar Brenifier e Jacques Després sobre opostos filosóficos, discutimos, na turma, o significado das palavras Razão e Paixão para cada um de nós. Da discussão foram elaboradas algumas sínteses das quais se registaram os seguintes tópicos:
RAZÃO
- fazer coisas com base no pensamento; agir de forma controlada; pensar e medir as consequências; refletir; - a base do nosso “viver”; pensar, analisar os assuntos: saber.
Exemplos:     . Estudar com regularidade e assim ficar mais preparado para o futuro.
. Comer e beber alimentos saudáveis e assim manter a saúde
e o bem- estar.
. Estar atento às pessoas e ao mundo e deste modo saber mais.
. Descansar para estar preparado para resolver problemas, 
na escola ou fora dela.
PAIXÃO
- agir apenas de acordo com o sentimento; agir por impulso, sem controlarmos as
nossas ações; perder a cabeça e agir com o coração; amar muito uma coisa;
querer muito, sem controle.
Exemplos:     . Não estudar, porque não apetece, e não pensar nas consequências disso.
. Comer comida “de plástico”, por prazer, e ficar doente.
. Estar sempre com o pensamento longe, desconcentrado, 
e deixar passar oportunidades de conhecer coisas que nos enriquecem.
. Jogar, brincar… e ficar sem capacidade de concentração para o trabalho.



Algumas conclusões possíveis:

A Razão é a capacidade de refletir, de questionar, de prever as consequências
dos nossos atos, de compreender as coisas.
A Paixão é o impulso, é o deixarmo-nos guiar pelos sentimentos
e pelas vontades e desejos, sem os controlar;
é uma atração irrefletida.



Seria bom que conseguíssemos 
combinar as duas palavras,
as duas caraterísticas,
os dois modos de agir!